segunda-feira, 6 de junho de 2011

Boas notícias para parentes e amigos de pessoas que sofrem da doença de Alzheimer

Boas notícias para parentes e amigos de pessoas que sofrem da doença de Alzheimer

Autor: Marcos Muniz
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Um estudo feito nos Estados Unidos tem boas notícias para parentes e amigos de pessoas que sofrem da doença de Alzheimer.

Segundo a pesquisa, indivíduos com problemas de perda de memória esquecem uma conversa ou um momento engraçado, por exemplo. Mas, ainda assim, as sensações associadas com as experiências podem permanecer, com melhoria no humor e no bem-estar.

O trabalho, feito por cientistas da Universidade do Iowa, será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os pesquisadores mostraram a pessoas com problemas de retenção de memória pequenos filmes alegres e tristes. Embora os participantes não tenham conseguido lembrar o que assistiram, o estudo verificou que eles mantiveram as emoções suscitadas pelos filmes.

Os autores do trabalho afirmam que os resultados têm implicações diretas para portadores da doença de Alzheimer. “Uma simples visita ou um telefonema de algum membro da família pode ter uma influência positiva na felicidade do paciente, mesmo que ele rapidamente esqueça que a visita ou a chamada tenha ocorrido”, disse Justin Feinstein, um dos autores do estudo.

“Por outro lado, a contínua indiferença por parte dos profissionais de saúde do local onde o paciente está internado pode deixá-lo mais triste, frustrado e solitário, ainda que ele não saiba os motivos por estar se sentindo dessa forma”, afirmou.

Os pesquisadores avaliaram cinco casos neurológicos raros de pacientes com danos no hipocampo, parte do cérebro crítica para a transferência de memórias de curto prazo para o armazenamento de longo termo. Danos no hipocampo fazem com que memórias desapareçam. Esse mesmo tipo de amnésia é um sinal inicial de Alzheimer.

“Ainda que não se lembrassem dos filmes, eles sentiam a emoção. Tristeza tendeu a durar mais tempo do que a alegria, mas as duas emoções permaneceram por muito mais tempo do que a memória dos filmes”, disse Feinstein.

Os resultados do estudo vão contra a noção popular de que apagar uma memória dolorosa poderia abolir o sofrimento psicológico. Também reforçam a importância de atender necessidades emocionais de portadores de Alzheimer, que, de acordo com estimativas, poderá atingir mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo por volta de 2050.

A IMPORTANCIA DA NUTRIÇÃO PARA DOENTES DE ALZHEIMER

A importância da nutrição para doentes de Alzheimer

Estima-se que no Brasil existam pelo menos um milhão de portadores do mal de Alzheimer, doença que acomete pessoas de 40 a 90 anos e é caracterizada por um declínio cognitivo geral. Além de prejudicar a memória, com o tempo, o problema afeta a linguagem, o aprendizado e até as funções motoras.
Do ponto de vista nutricional, muitos pacientes apresentam perda de peso progressiva e desnutrição, principalmente nos estágios mais avançados. Alterações comportamentais, entre elas agitação, negligência com horários e higiene pessoal ou perda de noção sobre o que se fazer com os talheres e a comida, colaboram para desencadear a recusa ou a voracidade alimentar do doente. Sem contar as dificuldades no processo de deglutição (a disfagia), que provoca tosses e engasgos durante a ingestão de alimentos duros, secos e líquidos. Resultado: não dar a atenção devida às dificuldades alimentares de quem sofre com o Alzheimer pode agravar o estado físico e afetar muito mais a qualidade de vida dos portadores.
Neste sentido, os cuidadores e familiares devem se unir e tomar precauções. A família, aliás, tem papel fundamental na adesão das orientações nutricionais e necessita ficar atenta aos hábitos comportamentais e alimentares do portador. Antes de mais nada, um atendimento nutricional específico irá fornecer informações e orientações adequadas — com base em todas as dificuldades geradas pela doença — para melhorar os hábitos à mesa dos pacientes.
Ensina-se, por exemplo, que a percepção da temperatura dos alimentos pode encontrar-se um tanto alterada no portador de Alzheimer. É função do cuidador, portanto, verificar se a refeição não está muito quente ou muito fria para evitar queimaduras ou até mesmo inapetência. São dicas práticas como essas que amenizam bastante as inseguranças dos familiares quanto à melhor forma de lidar com o doente nas refeições.
AS DIFICULDADES ALIMENTARES PROVOCADAS PELA DOENÇA, SE NÃO IDENTIFICADAS E TRATADAS, AGRAVAM MUITO A SITUAÇÃO E AFETAM A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE
Outra recomendação básica é que o doente seja submetido periodicamente a avaliações nutricionais, de preferência mensais, durante as quais serão observados ganho ou perda de peso e quantidade e qualidade da dieta ingerida. O objetivo dessas consultas é fornecer ferramentas para que o especialista escolha o melhor tipo de alimentação para a fase em que o portador de Alzheimer se encontra.
De uma maneira geral, é recomendada ainda a adoção de uma alimentação saudável e equilibrada, baseada na pirâmide alimentar: ou seja, rica em fibras e composta por alimentos frescos, de época, que são mais fáceis de serem encontrados e ainda apresentam um custo menor.
O fracionamento da dieta também é importante. O portador deve alimentar- se a cada duas horas ou ainda realizar seis refeições ao dia. Para evitar a desidratação, a ingestão de líquidos deve ser incentivada e atingir em média de 1,5 a 2 litros por dia. Uma ótima opção para hidratar-se, além da água, é abusar das frutas e de sucos naturais, que são gostosos, saudáveis e nutritivos.
Oferecer uma refeição atrativa e variada (com alimentos coloridos e de boa aparência) também incentiva o processo alimentar. Já o uso de suplementos vitamínicos somente deve ser adotado após criteriosa avaliação médica ou nutricional. Afinal, se o portador de Alzheimer estiver aceitando bem a alimentação e esta for bem equilibrada, composta por cereais, leguminosas, carnes, leites, verduras, legumes e frutas (ou seja, rica em calorias, proteínas, vitaminas e sais minerais necessários para a manutenção da saúde do organismo), não há motivo para preocupação.
GLAUCIA AKIKO KAMIKADO PIVI, NUTRICIONISTA E MESTRANDA EM NEUROCIÊNCIAS PELA ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA (EPM/UNIFESP)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Estudo aponta elo entre vírus do herpes labial e Alzheimer

Estudo aponta elo entre vírus do herpes labial e Alzheimer

Notícia divulgada na Folha no dia 07:

Estudo aponta elo entre vírus do herpes labial e Alzheimer
da Efe, em Londres
Uma equipe de cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, estabeleceu uma conexão entre o vírus do herpes labial e o mal de Alzheimer, o que poderia contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença neurodegenerativa.
Na pesquisa, publicada na revista "Journal of Pathology", os especialistas constatam que o vírus que gera as feridas nos lábios, conhecido como herpes simplex (HSV1), é um dos causadores das placas de proteínas achadas no cérebro dos doentes de Alzheimer.
Os cientistas, que reconhecem que seu estudo ainda está em fase inicial, sustentam que esse vírus pode estar vinculado à aparição do Alzheimer e acreditam que o mal poderia ser tratado com agentes antivirais.
A pesquisa, dirigida por Ruth Itzhaki, revela que as placas de proteína do cérebro dos que sofrem do mal de Alzheimer contêm o DNA do vírus do herpes.
Já se sabe por estudos anteriores que a infecção de células nervosas com esse vírus provoca o depósito de um dos principais componentes das placas de proteínas.
Segundo Itzhaki, estes dois fatos sugerem uma forte conexão entre o HSV1 e a formação das placas que se associam à doença neurodegenerativa.
Os especialistas, que buscam financiamento para prosseguir em seus estudos, acreditam que o vírus entra no cérebro aproveitando a fraqueza imunológica e estabelece ali uma infecção latente, que se ativa por fatores como o estresse, a supressão imunológica e infecções variadas.
"A conseguinte infecção pelo HSV1 causa um dano severo nas células cerebrais", e a maioria morre "e depois se desintegra, o que libera agregados amilóides, que se transformam em placas amilóides, quando outros componentes de células moribundas são depositados sobre eles", explica Itzhaki.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Dia do esforço brasileiro pela Carta de Pernambuco

O Cuidar de Idosos está encabeçando uma campanha para fazer do próximo dia 20 o "dia do esforço brasileiro pela assinatura da Carta de Pernambuco".

A Carta de Pernambuco foi elaborada durante o último congresso nacional da ABRAz e visa alertar as autoridades bem como a sociedade civil para os perigos de se ignorar o aumento dos casos de doença de Alzheimer no país. O Cuidar de Idosos está recolhendo assinaturas eletrônicas e, ao alcançar o número de CEM MIL assinaturas será encaminhada a todos os setores competentes da sociedade.

Precisamos de sua ajuda: no dia 20, faça o possível para divulgar a carta: procure rádios e emissoras de TV de sua cidade, jornais e revistas, aquela comunidade do orkut que você tanto gosta, fale com amigos, parentes e até mesmo com o dono da quitanda da sua esquina; não importa como você ajude, o importante é que você ajude a divulgar o manifesto!

Faça sua parte! Vamos colaborar com o esforço para melhorar a qualidade de vida de milhões de idosos Brasil afora!

Atualizações

Salvo por uma aparente gripe que pegou esta semana, a velhinha não podia estar melhor.

A cama hospitalar provou ser uma grande aliada no combate ao refluxo e a gastrite de minha mãe. Ficou comprovado agora que grande parte das noites na qual ela passava em claro devia-se a queimação provocada pelo refluxo. Desde que ela passou a dormir reclinada, posso contar nos dedos de uma mão as noites que me recordo dela varar em claro. Aliás, se vocês tiverem indicações de fabricantes de camas hospitalares aqui em São Paulo, me passem por e-mail; estou precisando urgentemente de uma cama nova, já que esta aqui deve ser retirada em breve pelo home care.

As piadinhas e os gracejos continuam à todo vapor: certo dia desta semana, por exemplo, ela peidava e olhava para o lado, dissimulando. Quando eu fiz a clássica pergunta "mãe, você peidou ?" ela tentou segurar, fez biquinho, quiz ficar séria mas arregalou os olhos e explodiu em gargalhadas, se dobrando até para rir.

Já a cuidadora nova deve começar em breve. Resta agora saber se minha mãe vai continuar achando que ela está aqui para roubar meu pai. (Além de plantar um pé de dinheiro no quintal, pra poder pagar os gastos extras...)


Estudo aponta baixo açúcar no sangue como causa de Alzheimer
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da Reuters, em Londres
A redução crônica de açúcar para o sangue no cérebro é a causa de algumas formas do mal de Alzheimer, disseram pesquisadores norte-americanos nesta quinta-feira (26). O estudo sugere que a redução do fluxo de sangue, cujo impulso é dado pelo açúcar (em um processo denominado hidroeletricidade), priva a energia do cérebro, impedindo o processo de produção de proteínas --o que os pesquisadores acreditam ser a causa do Alzheimer.

Os cientistas dizem ainda que a busca de alternativas saudáveis como exercícios, redução do colesterol e controle da pressão arterial reduzem as chances do Alzheimer se manifestar.

A pesquisa foi conduzida por Robert Vassar e colegas, na Universidade de Medicina Feinberg, em Chicago, nos EUA.

Idosos são as principais vítimas do mal de Alzheimer; cientistas crêem ter descoberto a falta de açúcar como causa da moléstia

"Este achado é significante porque sugere que o aumento de fluxo sangüíneo para o cérebro por meio do açúcar pode ser uma técnica terapêutica efetiva para prevenção ou tratamento do Alzheimer", disse Vassar. "Se as pessoas começarem a se cuidar cedo, talvez possam evitar o mal", prosseguiu.

O mal de Alzheimer é a forma de demência mais comum em pessoas idosas. A doença é incurável, e afeta as regiões do cérebro que envolvem idéias, memória e linguagem.

Ainda que drogas mais avançadas enfoquem na remoção da substância beta-amilóide (ela se deposita em placas que causam a destruição dos neurônios), pesquisadores também procuram terapias para eliminar substâncias tóxicas que causam desordem na proteína tau (responsável pela manutenção dos microtúbulos dos axônios que, por sua vez, são estruturas responsáveis pela formação e sustentação dos contatos interneuronais).

Vassar e os colegas analisaram o cérebro humano, e descobriram que uma proteína chamada elF2alpha é alterada quando o cérebro não consegue energia. Os canais de produção de enzimas mudam bruscamente, e passam a produzir proteínas complexas.

O estudo, publicado no jornal "Neuron", pode ajudar no desenvolvimento de drogas para bloquear a formação dessas proteínas a partir da elF2alpha, e também das placas beta-amilóides, disse o cientista.

"O que descobrimos é um pequeno passo de um insidioso processo que, provavelmente, levará muitos anos", disse.